sábado, 9 de junho de 2007

A BATALHA COM TIFÃO

Tifão era filho de Gaia e Tártaro.
Criatura gigantesca, aterrorizante, cuja aparência era semi-humana. Tão grande que sua cabeça encostava nas estrelas e quando abria os braços uma das mãos tocava no Oriente e a outra no Ocidente. No lugar dos dedos possuía cem cabeças de dragões soltando fogo e fumaça pelas ventas. Da cintura para baixo seu corpo era recoberto de víboras. Tinha asas descomunais, como as de morcego, tão grandes que abraçavam a Terra, faziam escurecer o mundo e seus olhos lançavam línguas de fogo...
Era tão feio e assustador que quando se aproximou do Olimpo a maior parte dos deuses fugiu para o Egito para não ter que enfrentá-lo, escondendo-se no deserto, transformando-se em animais a fim de iludir o monstro. Apolo assumiu o aspecto de um milhafre (certa ave de rapina), Hera o de uma vaca; Hermes o de Íbis; Ares de peixe; Dionisio o de um bode; Hefestos o de um boi e assim por diante.
Júpiter e Atena foram os únicos que não fugiram. O deus do Olimpo resolveu enfrentar esse monstro e imediatamente lançou contra ele seus poderosos raios. Tifão, pego de surpresa, fugiu mas Júpiter o perseguiu , ferindo-o com uma foice de sílex e travou com ele violenta luta corpo a corpo. Nessa luta Tifão, devido ao seu tamanho descomunal, conseguiu dominar Júpiter; tomou-lhe a foice e, como não podia matá-lo, pois ele era um imortal, cortou-lhe os tendões dos braços e dos pés, tirou-lhe os músculos e escondeu tudo na pele de um urso. Depois colocou-o desfalecido sobre os ombros e transportou-o para dentro de uma caverna, colocando na porta um dragão para vigiá-lo. Todavia os deuses Pã e Mercúrio, filhos de Júpiter, resolveram libertar o pai. Pã, com seus berros aterradores, causadores do pânico, e Mercúrio, com suas artimanhas e habilidades mágicas, conseguiram enganar o dragão e libertar Júpiter, devolvendo-lhe os tendões e os músculos. Este, logo que se sentiu restaurado, escalou o céu num carro puxado por cavalos brancos e alados e de lá lançou contra Tifão centenas de raios fulminantes. O monstro fugiu para o monte Nisa onde encontrou-se com as Moiras, que lhe deram frutos mágicos chamados "efêmeros", com a promessa de que tais frutos lhe fortaleceriam, porém, o que elas ofereceram ao monstro, na verdade, era a derrota próxima, porque eram amigas de Júpiter. O mons-tro ainda tentou destruir Júpiter atirando-lhe diversas montanhas, mas o deus do Olimpo triturava-as com seus raios e arremessava-as de volta ao ini-migo ferindo-o profundamente.
Finalmente Júpiter esmagou o monstro lançando sobre ele o monte Etna, que até hoje vomita suas chamas deixando transparecer que sob o vulcão o monstro apenas dorme...
Depois dessa batalha Júpiter voltou para o Olimpo com toda a prole de sua família e deuses.
Júpiter agora é o senhor absoluto!
Venceu todas as batalhas.
Pode reinar com poder universal, em todos os mundos, tanto nos de baixo como nos de cima.
Seu primeiro ato como rei foi por ordem na casa, que será narrado mais adiante.

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